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segunda-feira, julho 12, 2021

Escrita Sociológica

Do que trata este texto


Este texto é sobre  como escrever em sociologia. Antes de você ser capaz de escrever um artigo sociológico claro e coerente, precisa ter em mente as suposições e expectativas  da disciplina. Precisa conhecer seu público, e a forma como eles vêem o mundo e como ordenam e avaliam informações.  Então, vamos logo ver do que trata a sociologia e como se escreve.

O que é a sociologia e sobre o que os sociólogos escrevem?


A sociologia é algo novo para muitos estudantes. Portanto, pode ser útil dar uma rápida introdução sobre o que os sociólogos fazem. Os sociólogos estão interessados ​​em coisa do mundo social. Realizam estudos sobre a família, abordando questões como casamento, divórcio, criação de filhos e violência doméstica, as maneiras como essas coisas são definidas em diferentes culturas e épocas e seus efeitos sobre os indivíduos e as instituições. Podem examinar organizações sociais maiores, como empresas e governos, observando sua estrutura e hierarquias. Ainda podem se concentrar em movimentos sociais e protestos políticos, como os que aconteceram em 1983-1984 pela redemocratização no Brasil (Diretas Já), em 2013 pelo aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus em São Paulo ou movimentos que tratam de questões sobre a identidade, contra o racismo, movimento feminista ou pró-LGBTQA+. Os sociólogos procuram observar e refletir sobre as divisões e desigualdades dentro da sociedade, examinando fenômenos como raça, gênero e classe, e seus efeitos nas escolhas e oportunidades das pessoas. Porém, embora o âmbito de estudo da Sociologia seja muito amplo, não é o assunto que torna um artigo sociológico, mas sim a perspectiva utilizada para escrevê-lo.
Então, o que seria uma perspectiva ou um olhar sociológico? Básica e genericamente, a Sociologia é uma tentativa de compreender e explicar a maneira como os indivíduos e grupos interagem dentro de uma sociedade. Como exatamente alguém aborda esse objetivo? C. Wright Mills, em seu livro A Imaginação Sociológica (1959), escreve que "nem a vida de um indivíduo nem a história de uma sociedade podem ser compreendidas sem a compreensão de ambas". Por que? Bem, como o filósofo Karl Marx observava já no início de O 18 de Brumário de Luís Bonaparte (1852), os humanos "fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem em circunstâncias escolhidas por eles mesmos, mas sob circunstâncias diretamente encontradas, dadas e transmitidas do passado. " Assim, um bom argumento sociológico precisa equilibrar a agência (ação) individual e as restrições estruturais. Essa é certamente uma tarefa difícil, mas é a base de todos os escritos sociológicos eficazes. Lembre-se disso ao pensar quando for escrever algo. 

Principais pressupostos e características da escrita sociológica


O que se deve ter em mente ao escrever em sociologia? Preste atenção especial aos seguintes problemas:

Argumento

A primeira coisa a lembrar ao escrever um argumento sociológico é ser o mais claro possível ao apresentar sua tese. Claro, isso vale também para os jornais, mas existem algumas armadilhas comuns à sociologia que você deve estar ciente e evitar a todo custo. Conforme dissemos anteriormente, a sociologia é o estudo da interação entre indivíduos e forças sociais maiores. Diferentes tradições dentro da sociologia tendem a favorecer um lado da equação em detrimento do outro, com algumas se concentrando na ação de atores individuais e outras em fatores estruturais. O perigo é que você vá longe demais em qualquer uma dessas direções e, assim, perca a complexidade do pensamento sociológico. Embora esse erro possa se manifestar de várias maneiras, três tipos de argumentos falhos são particularmente comuns: o "argumento individual", o "argumento da natureza humana" e o "argumento da sociedade".
  • O "argumento individual" (individualismo metodológico) geralmente assume esta forma: "O indivíduo é livre para fazer escolhas e quaisquer resultados podem ser explicados exclusivamente através do estudo de suas idéias e decisões." Embora seja verdade que todos nós fazemos nossas próprias escolhas, devemos também ter em mente que, parafraseando Marx, fazemos essas escolhas sob circunstâncias dadas a nós pelas estruturas da sociedade. Portanto, é importante investigar quais são as condições que tornaram essas escolhas possíveis em primeiro lugar, bem como o que permite que alguns indivíduos atuem com sucesso em suas escolhas, enquanto outros não.
  • O "argumento da natureza humana" busca explicar o comportamento social por meio de um argumento quase biológico sobre os humanos, e muitas vezes se constrói assim, por exemplo: "Os humanos são violentos por natureza, portanto não é surpreendente que fulano tenha batido em sua esposa." Embora os sociólogos discordem sobre a existência ou não de uma natureza humana universal, todos eles concordam que não é uma base de explicação aceitável. Em vez disso, a sociologia exige que você questione por que chamamos alguns comportamentos de natural e que examine os fatores sociais que construíram esse estado "natural".
  • O "argumento da sociedade" freqüentemente surge em resposta às críticas aos estilos de argumentação acima, e tende a aparecer deste modo: "A sociedade me obrigou a fazê-lo." ou "Todo político é corrupto". Os alunos muitas vezes pensam que este é um bom argumento sociológico, uma vez que usa a sociedade como base para a explicação. No entanto, o problema é que o uso do conceito amplo de "sociedade" mascara o funcionamento real da situação, tornando quase impossível construir uma argumentação forte. Este é um exemplo de reificação, que é quando transformamos processos em coisas. A sociedade é realmente um processo, feito de interações contínuas em vários níveis de tamanho e complexidade, e transformá-lo em uma coisa monolítica é perder toda essa complexidade. As pessoas tomam decisões e fazem escolhas. Alguns grupos e indivíduos se beneficiam, enquanto outros não. Identificar esses níveis intermediários é a base da análise sociológica.
Embora cada um desses três argumentos pareça bastante diferente, todos eles compartilham uma característica comum: eles assumem exatamente o que precisam explicar. São excelentes pontos de partida, mas conclusões ruins.

Evidências

Depois de desenvolver um argumento de trabalho, você precisará encontrar evidências para apoiar sua afirmação. O que conta como evidência em um artigo de sociologia? Em primeiro lugar, a sociologia é uma disciplina empírica. Empirismo em sociologia significa basear suas conclusões em evidências documentadas e coletadas com o máximo de rigor possível. Essa evidência geralmente se baseia em padrões observados e informações de casos e experiências coletados, não apenas de relatos anedóticos isolados. Só porque um familiar seu foi capaz de vencer a pobreza e tornou-se executivo de uma grande empresa, isto não prova que o sistema de classes brasileiro seja aberto. Você precisará de evidências mais sistemáticas para tornar sua afirmação convincente. Acima de tudo, lembre-se de que sua opinião por si só não é suficiente para um argumento sociológico. Mesmo que esteja apresentando um argumento teórico, você deve ser capaz de apontar exemplos documentados de fenômenos sociais que se encaixam em seu argumento. A lógica é necessária para fazer o argumento, mas não é um suporte suficiente por si só.
A evidência sociológica se divide em dois grupos principais: quantitativa e qualitativa.
  • Os dados quantitativos são baseados em pesquisas de sondagem, censos e estatísticas. Eles fornecem um grande número de dados, o que é particularmente útil para estudar processos sociais em grande escala, como desigualdades de renda, mudanças populacionais, mudanças em atitudes sociais, etc.
  • Já os dados qualitativos são resultado da observação, de entrevistas em profundidade, dos dados e dos textos, bem como das próprias impressões e reações do pesquisador. A pesquisa qualitativa oferece uma visão sobre a maneira como as pessoas ativamente constroem e encontram significado em seu mundo, porém informado também por reflexões teóricas e conhecimento científico acumulado sobre um determinado tema.
Os dados quantitativos produzem uma medida das características e do comportamento dos sujeitos, enquanto a pesquisa qualitativa gera informações sobre seus significados e práticas. Assim, os métodos que você escolher refletirão o tipo de evidência mais apropriado para as perguntas que você fizer (fique atento a isto!). Por exemplo, se você quiser examinar a importância da raça em uma organização, um estudo quantitativo pode usar informações sobre a porcentagem de diferentes raças na organização, quais posições elas ocupam, bem como resultados de pesquisas sobre as atitudes das pessoas em relação à raça. Isso mede a distribuição de raça e crenças raciais na organização. Um estudo qualitativo faria isso de forma diferente, talvez perambulando pelo escritório estudando as interações das pessoas ou fazendo entrevistas em profundidade com alguns dos assuntos. O pesquisador qualitativo veria como as pessoas agem de acordo com suas crenças e como essas crenças interagem com as crenças dos outros, bem como com as restrições da organização.
Infelizmente, grande parte da sociologia se dividiu em dois campos na maioria das vezes opostos por causa de questões metodológicas. Muitos tendem a favorecer exclusivamente os dados qualitativos em relação aos quantitativos, ou vice-versa, e é perfeitamente razoável confiar em apenas um método em seu próprio trabalho. No entanto, como cada método tem seus próprios pontos fortes e fracos, combinar métodos pode ser uma forma particularmente eficaz de reforçar seu argumento. Não se apresse em se limitar a apenas uma abordagem.
Essas distinções não são importantes apenas se você tiver que coletar seus próprios dados para o seu artigo, trabalho de conclusão de curso, dissertação ou tese. Você também precisa estar ciente deles, mesmo quando estiver contando com fontes secundárias para sua pesquisa. Para avaliar criticamente a pesquisa e os dados que está lendo, você deve ter um bom entendimento dos pontos fortes e fracos dos diferentes métodos. Por isso, mesmo considerando uma coisa chata, ler sobre as diversas metodologias e formas de coletar dados pode dar várias dimensões e possibilidades à pesquisa realizada.

Unidades de análise

Visto que a vida social é tão complexa, você precisa ter um ponto de entrada para estudar este mundo. No jargão sociológico, você precisa de uma unidade de análise. A unidade de análise é exatamente isso: é a unidade que você escolheu para analisar em seu estudo (um grupo, um movimento social, uma organização etc.). Novamente, esta é apenas uma questão de ênfase e foco, e não de precedência e importância. Você deve escolher a sua unidade de análise com base nos interesses e suposições teóricas que orientam sua pesquisa. Ela determinará muito do que se qualificará como evidência relevante em seu trabalho. Portanto, você não deve apenas identificar claramente essa unidade, mas também usá-la consistentemente em todo o seu trabalho.
Vejamos um exemplo para ver como a alteração das unidades de análise mudará a forma da pesquisa. Vamos supor que você quisesse estudar a globalização? Esse é um grande tópico, então você precisa focar sua atenção. Por onde você começaria?
Você pode se concentrar em atores humanos individuais, estudando a maneira como as pessoas são afetadas pelo mundo globalizado. Essa abordagem poderia incluir um estudo das experiências dos trabalhadores de montadoras de carros no Brasil, ou talvez como as decisões dos consumidores moldam o sistema geral (mas que tipo de consumidores? Que tipo de produtos?).
Ou você pode escolher se concentrar em estruturas ou organizações sociais. Essa abordagem pode envolver a análise das decisões que estão sendo tomadas em nível nacional ou estadual, como os acordos de livre comércio que mudam as relações entre governos e empresas. Ou você pode examinar as estruturas organizacionais das empresas de um determinado setor e medir como elas estão mudando sob a globalização. Outra abordagem estrutural seria focar nas redes sociais (não necessariamente digitais) que ligam os assuntos. Isso pode levar você a ver como os migrantes (entre países ou entre regiões) contam com contatos sociais para fazer o seu caminho para outros países, bem como para ajudá-los a encontrar trabalho quando chegam.
Finalmente, você pode querer escolher como unidade de análise objetos culturais ou artefatos sociais. Um bom exemplo seria observar a produção daqueles celulares de maior  preferência. Você pode olhar para a produção material do celular (rastreando-o desde suas origens exploradoras até sua chegada nos shoppings) ou sua produção cultural (tentando entender como a publicidade e as celebridades transformaram esses objetos em necessidades culturais ícones).
Qualquer que seja a unidade de análise que você escolher, tome cuidado para não cometer a temida falácia ecológica. Uma falácia ecológica é quando você assume que algo que aprendeu sobre o nível de análise do grupo também se aplica aos indivíduos que compõem esse grupo (lembre-se que não é porque você pertence a uma denominação religiosa, que vai concordar com tudo que o sacerdote diz ser verdade. Isso vale para partido político, empresas ou qualquer outro grupo social ou instituição). Portanto, para continuar o exemplo da globalização, se você fosse comparar seus efeitos sobre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos do país, você precisaria ter cuidado para não aplicar seus resultados aos indivíduos mais pobres e ricos. Recentemente verificamos este efeito no Brasil, durante o ano de 2020 (mesmo durante a pandemia de covid-1), demonstrado através da reportagem "Retomada da economia privilegia os ricos e aprofunda a desigualdade", da Rede Brasil Atual.
Esses são apenas exemplos gerais de como o estudo sociológico de um único tópico pode variar. Porque você pode abordar um assunto de várias perspectivas diferentes, é importante decidir desde o início como você planeja enfocar sua análise e, em seguida, manter essa perspectiva em todo o artigo. Evite misturar unidades de análise sem uma justificativa forte. Diferentes unidades de análise geralmente exigem diferentes tipos de evidências para construir seu argumento. Você pode reconciliar os vários níveis de análise, mas fazer isso pode exigir uma teoria complexa e sofisticada, uma proeza nada pequena dentro dos limites de um pequeno artigo. Verifique com seu orientador e/ou professor se você está preocupado com isso acontecendo em seu trabalho.

Típicas tarefas de redação  em sociologia


Então, como toda essa conversa se aplica a uma tarefa de redação real? As atribuições de redação de graduação, ou mesmo em um mestrado, em sociologia podem assumir várias formas, mas geralmente envolvem a revisão da literatura sociológica sobre um assunto; aplicar ou testar um determinado conceito, teoria ou perspectiva; ou a produção de um relatório de pesquisa em pequena escala, que geralmente envolve uma síntese da revisão da literatura e da aplicação/teste (o que chamamos de campo empírico).

A revisão crítica

A revisão envolve investigar as pesquisas que foram feitas sobre um determinado tópico e, em seguida, resumir e avaliar o que você encontrou. A tarefa importante neste tipo de atribuição é organizar o seu material de forma clara e sintetizá-lo para o seu leitor. Uma boa revisão não apenas resume a literatura, mas procura padrões e conexões na literatura e discute os pontos fortes e fracos do que outras pessoas escreveram sobre o seu tópico. Você quer ajudar seu leitor a ver como as informações que você reuniu se encaixam, quais informações podem ser mais confiáveis ​​(e porquê), quais implicações você pode perceber a partir delas e quais pesquisas adicionais podem ser necessárias para preencher as lacunas. Fazer isso requer considerável reflexão e organização de sua parte, bem como até mesmo tornar-se um especialista no assunto. Você precisa presumir que, embora seja novo no material, você pode julgar os méritos dos argumentos que leu e oferecer uma opinião informada sobre quais evidências são mais fortes e porquê.

Aplicação ou teste de uma teoria ou conceito

Esta tarefa pede que você aplique um conceito ou perspectiva teórica a um exemplo específico. Em outras palavras, neste momento é necessário testar sua compreensão prática de teorias e ideias, pedindo que você explique como elas se aplicam a fenômenos sociais reais. Para aplicar com sucesso uma teoria a um novo caso, você deve incluir as seguintes etapas:
  1. Primeiro, você precisa ter uma compreensão muito clara da própria teoria: não apenas o que o teórico/autor argumenta, mas também porque ele argumenta esse ponto e como o justifica. Ou seja, você tem que entender como o mundo funciona de acordo com essa teoria e como uma coisa leva a outra.
  2. Em seguida, escolha um estudo de caso apropriado. Esta é uma etapa crucial, que pode tornar o seu trabalho muito bom ou estragá-lo. Se você escolher um caso muito semelhante ao usado na construção da teoria em primeiro lugar, seu artigo será desinteressante como aplicação, pois não lhe dará a oportunidade de mostrar sua relevância teórica. Por outro lado, não escolha um caso que esteja tão fora do campo que torne a aplicabilidade apenas superficial e trivial. Em alguns aspectos, a aplicação da teoria é como fazer uma analogia. A última coisa que você quer é uma analogia fraca, ou que seja tão óbvia que não forneça nenhum insight adicional. Em vez disso, você vai querer escolher um meio-termo, um que não seja óbvio, mas que permita fazer uma análise mais desenvolvida do caso usando a teoria que você escolheu.
  3. Isso leva ao último ponto, que é a análise. Uma análise forte irá além da superfície e explorará os processos em ação, tanto na teoria quanto no caso que você escolheu. Assim como em uma analogia, você argumenta que duas coisas (a teoria e o exemplo) são semelhantes. Procure ser específico e detalhado ao dizer ao leitor como as duas coisas são semelhantes. No decorrer da busca por semelhanças, entretanto, é provável que você encontre pontos nos quais a teoria não parece se encaixar bem. Não varra essa descoberta para baixo do tapete, pois as diferenças podem ser tão importantes quanto as semelhanças, fornecendo uma visão sobre a aplicabilidade da teoria e a singularidade do caso que você está usando.
Você pode querer também testar uma teoria. Mesmo que em seu referencial teórico você assuma que a teoria que você está usando é verdadeira, a pesquisa empírica não faz necessariamente essa suposição, mas demanda que você experimente a teoria para determinar se ela funciona. Aqui você precisa pensar sobre quais condições iniciais informam a teoria e que tipo de hipótese ou previsão a teoria faria com base nessas condições. Essa é outra maneira de dizer que você precisa determinar a quais casos a teoria pode ser aplicada (veja acima) e que tipo de evidência seria necessária para confirmar ou refutar a hipótese da teoria.

Relatório de pesquisa

Finalmente, chegamos ao relatório de pesquisa. Embora a ideia de fazer um artigo de pesquisa possa ser intimidante, na verdade é pouco mais do que a combinação das muitas das partes dos trabalhos que já discutimos. Você começará com uma revisão crítica da literatura e usará esta revisão como base para formar sua pergunta de pesquisa. A pergunta freqüentemente tomará a forma de uma tarefa ("Essas idéias nos ajudarão a explicar Z.") ou de teste de hipóteses ("Se essas idéias estiverem corretas, devemos encontrar X quando investigarmos Y."). As habilidades que você já usou para escrever outros artigos irão ajudá-lo imensamente quando você for escrever seus relatórios de pesquisa.
Finalizamos assim este breve vislumbre do mundo da escrita sociológica. Os sociólogos podem ser um grupo idiossincrático, portanto, as diretrizes e expectativas do trabalho irão, sem dúvida, variar de classe para classe, de orientador para orientador. No entanto, essas diretrizes básicas o ajudarão a começar.

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Este post toma como base, com algumas modificações, um texto de The Writing Center da Universidade da Carolina do Norte (USA).